split - FLÁVIO ANDRADE

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SPLIT
      
Em Split, proponho uma visão sobre despojos que poderiam ser de um qualquer ambiente apocalíptico, como se tratassem de estruturas de um pós-guerra. A luz directa na maioria das fotografias serve como reforço, realçando os aspectos primários dos materiais/instalações, dando-lhes uma impressão táctil, textural. São rasgos de luz, cisões na paisagem, contrapontos. Procurei com a cor, criar ambiências lumínicas, quer pelo espaço organizado (enquadramento), quer pela ausência (sombra), criar momentos psicológicos e estéticos, que garantissem um olhar mais íntimo e pormenorizado sobre o espaço de trabalho. É também uma referência/saudação ao primeiro momento em que a aldeia viu energia elétrica. Certamente um momento sublime e mágico.
Projecto realizado tendo como base a Mina de São Domingos no concelho de Mértola e distrito de Beja em Portugal.

In Split, I propose a vision of spoils that could be of any apocalyptic environment, as if they were structures of a postwar period. Direct light in most photographs serves as a reinforcement, highlighting the primary aspects of the materials/installations, giving them a tactile, textural impression. They are traces of light, splits in the landscape, counterpoints. I sought with the color to create luminous ambiences, both for the organized space (framing) and for the absence (shadow), to create psychological and aesthetic moments, that guarantee a more intimate and detailed look on the workspace. It is also a reference / greeting to the first moment when the village saw electric power. Certainly a sublime and magical moment.
Project carried out based on the Mina de São Domingos in the municipality of Mértola and district of Beja in Portugal.


Breve história da Mina: A tradição mineira na zona de São Domingos remonta aos Fenícios e Cartagineses e, depois destes aos romanos, cujo trabalho mineiro se estendeu desde o inicio do séc. l até aos finais do séc. lV, sendo o seu principal objetivo a extração de cobre, ouro e prata. A exploração mineral no local de São Domingos é anterior à invasão romana da península Ibérica, período em que os trabalhos se intensificaram com a exploração do "chapéu de ferro" que cobria a massa piritosa, para a exploração de cobre, ouro e prata. Em 1858 tem início a moderna exploração da mina, por iniciativa da companhia de mineração "Mason & Barry". Os trabalhos prolongaram-se até 1965, ano em que esgotou o minério e encerrou a mina. Neste período, a lavra foi feita a céu aberto até aos 120 metros de profundidade, tendo os trabalhos continuado por meio de poços e galerias até aos 400 metros. Como curiosidade a aldeia de Mina de São Domingos foi a primeira aldeia do país a ter luz elétrica.
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